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Top 5 Capas de Revistas Icônicas que Todos Deveriam Conhecer

  • Foto do escritor: Paloma Ximenes
    Paloma Ximenes
  • 2 de out. de 2024
  • 3 min de leitura

Com base em pesquisas e um toque pessoal, algumas dessas revistas definiram a estética e o impacto visual do século 20 e 21. Grandes capas precisam chamar a atenção e, ao mesmo tempo, comunicar não só o conteúdo, mas também o tom que se deseja.


Dar ritmo à mensagem e, ao mesmo tempo, respeitar a identidade visual da revista é uma tarefa nada fácil para os designers! Diferente de outdoors ou outros impressos mais objetivos, as capas exigem um conceito visual mais sofisticado para transmitir a mensagem corretamente.


Reuni alguns estudos de especialistas e minhas vivências para separar as revistas que eu acho mais icônicas.



1º Vogue, Junho de 1950: Jean Patchett por Irving Penn


Capa icônica da Vogue de 1950 com Jean Patchett, fotografada por Irving Penn.

O que dizer dessa capa? Irving Penn, um mestre das câmeras, domina o uso do preto e branco. Combina espaços negativos e positivos para criar uma imagem impactante e com forte sensibilidade gráfica. A icônica capa da Vogue, intitulada "The Black and White Idea", marcou a primeira vez que a revista usou uma imagem em preto e branco desde 1932, ajudando a definir uma nova estética minimalista para a revista e para a fotografia de moda em geral. Vogue, mandando nas tendências como sempre!


A capa também é uma celebração da moda pós-guerra, destacando os trajes de Christian Dior e transformando o conceito de fotografia de moda em uma forma de arte.



2º Times, The New Yorker, Setembro de 2001: Tributo ao 11 de Setembro


Homenagem visual da The New Yorker ao 11 de setembro, criada por Art Spiegelman.


Saímos de uma edição em preto e branco para cair em uma preta sobre preta. Maravilhosa!


É uma homenagem poderosa e minimalista ao ataque de 11 de setembro. A ilustração das torres gêmeas em preto sobre um fundo escuro é totalmente sombria, transmitindo muito sobre o ocorrido. A escolha das cores passa a ideia de ausência e perda, refletindo o impacto devastador dos ataques e o vazio deixado pela destruição dos prédios.


Criada por Art Spiegelman e Franoise Mouly, a capa usou uma técnica de impressão especial para representar o luto e a perda de maneira respeitosa e comovente.



3º Esquire, Maio de 1969: O Declínio da Vanguarda Americana


Capa da Esquire de 1969 com Andy Warhol, criticando o consumismo na arte.

Essa é uma das minhas favoritas! Uma sátira da obra famosa de Andy Warhol, ao mergulhar o próprio artista em uma lata de sopa.


Essa capa é uma das mais emblemáticas da história das revistas de moda e cultura. Criada pelo diretor de arte George Lois e o fotógrafo Carl Fischer, ela faz uma crítica à comercialização e à popularização excessiva da arte vanguardista. Sugerindo que o movimento, que antes representava inovação e ruptura, havia se tornado um grande clichê, corrompido pelo mercado como um símbolo de arte para consumo em massa. A escolha de representar o artista "afogado" em sua própria criação enfatiza o paradoxo da fama e do consumismo.


4º Rolling Stone, 1982: John Lennon e Yoko Ono


Última foto de John Lennon e Yoko Ono na capa da Rolling Stone em 1982.

A primeira sensação é de estranheza, um o corpo nu, deitado na posição fetal, enroscado em uma pessoa de roupa escura e olhar fixo e distante.


Esse contraste fala sobre vulnerabilidade, amor e, alguns acreditam, que até em dependência emocional, onde Yoko representa uma âncora para Lennon.


Curiosamente, essa foto foi tirada apenas cinco horas antes de John Lennon ser assassinado em frente ao prédio Dakota, onde morava, em Nova York. Esse trágico acontecimento transformou a capa em um símbolo melancólico, capturando o último momento de felicidade entre o casal. Em 2005, a American Society of Magazine Editors nomeou essa capa como a Melhor Capa de Revista dos Últimos 40 Anos. É uma representação eterna de amor, perda e a relação complexa entre Lennon e Yoko.


5º Guitarist, edição 460: The Beatles, Guitarra por Guitarra


Detalhes da capa da revista Guitarist com silhuetas dos Beatles no código de barras.

Essa capa é mega estratégica com o nome da revista, Guitarist, e apresenta vários detalhes de diagramação que podem passar despercebidos à primeira vista. O primeiro, óbvio, é a combinação dos rostos de três dos Beatles com as guitarras que eles tocavam. As cores são limitadas a preto e dourado, com um fundo branco para dar uma aparência atemporal. Mas o real motivo pelo qual eu AMO essa capa é o código de barras. Olhe com atenção e você verá quatro figuras em silhueta caminhando no topo do código, fazendo referência à capa do álbum dos Beatles. Isso me faz sorrir toda vez que vejo. Uma sacada genial!

______ Claro que existem muito mais do que essas capas de revistas icônicas aqui expostas. Esse ranking é extremamente instável, de acordo com o meu humor e senso estético do dia. Flerto intensamente com outras capas que acabaram sendo excluídas, como a ‘Day One’ de Tim O’Brien da Time, "O Pior Ano de Todos" (2020), capas provocativas da Colors, que me geram um mix de nojo e curiosidade. Além de todas as outras capas escandalosas e minimalistas do mundo da moda, arte e design.

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